Mundo Morbius

Aqui fala-se de tudo um pouco; de música boa até as últimas notícias do CERN e os avanços na tecnologia de antimatéria. Arte como educação, música como terapia, ciência como religião e sociedade como meio de sobrevivência são algumas coisas que perfazem o caráter de um ser errante...

sábado, 31 de março de 2007

Decifrando imagens, revendo estilos...


Escolhi o título acima como referência pra alguns "fenômenos" que estão pululando atualmente em qualquer lugar. Afinal, com a extrema rapidez que a informação viaja de um lugar a outro é visível que certas influências que nasceram ontem são conhecidas por quase todo mundo hoje.
Ultimamente algo muito agradável vem acontecendo em nosso meio artístico aqui em Belém. As pessoas estão procurando significados para o que sentem, principalmente o que vêem e ouvem, e se preocupando com a "memória visual de nossa história", como os museus e até mesmo as ruas estão nos mostrando. É importante ocorrer tal fato para a evolução da população, visto a nossa fama de não ter boa memória.
Após certos movimentos arísticos em meados do Século passado as influências que deles se seguiram não se limitaram apenas às "artes de galeria", mas se alastrou, com profundo interesse corporativo, para campos diversificados como cinema, publicidade, arquitetura e propaganda. como se tem visto, o consumo é maior quando a propaganda é bem feita, pois é latente no ser humano ficar cativado por imagens que o levam a sonhar acordado.
Esse espírito de que a imagem é o que vale está presente até mesmo nas construções atuais. não é difícil ver constructos de formasmenos quadradas, que fazem com que a paisagem tenha um ar futurista, ou exibindo cores e até mesmo "telas" montadas em sua fachada. O homem sempre teve a imaginação muito fértil e por isso podemos modificar, mesmo de maneira sutil, quase tudo o que vemos. É isso que faz com que a realidade seja modificada. Realidade que pode ser vista tambèm por meios mais sofisticados - leia-se computadores - que nos cativam bastante por nos mostrar e potencializar imagens a qual não teríamos como ver fora das telas.
Mas principalmente pelo fato do ser humano preocupar-se com o que vê é que está acontecendo, digamos, uma renovação visual e, se não nos exterminamos antes, é provável que o mundo se torne agradável de se ver - e ouvir, tocar , cheirar...- impulsionado pelo imagético padronizado dos nossos desejos.